Convite de casamento
Já conseguiram imaginar antes da invenção da imprensa, como eram casamentos sem convites, já que não havia como dispersar informações em massa?
Lá pelo século XV – época em que o analfabetismo era generalizado – a prática de enviar convites de casamento surgiu entre a nobreza. As famílias ricas contratavam monges hábeis na arte da caligrafia e que trabalhavam assiduamente em manuscritos ricamente ilustrados. Muitas vezes, esses documentos levavam o brasão das armas ou o timbre pessoal do remetente e eram soldados com cera para garantir sua autenticidade.
Por volta de 1600, com o surgimento da gravura, as coisas mudaram: um gravador era contratado para esculpir uma placa de metal para que os convites pudessem ser impressos. Como o processo era caro, a classe média em ascensão da época, podia se dar ao luxo não somente de ler, mas também encomendar e gravar seus convites.
Com o surgimento das máquinas durante a revolução industrial – por volta de 1700 – iniciou-se sua produção em massa.
Já o envelope, foi criado a partir do momento em que os convites eram entregues por cavaleiros, já que não havia sistema de correio confiável na época e as noivas ficavam com medo de chegarem sujos aos seus convidados.
Hoje em dia, há quem mantenha a tradição e formalidade, entregando o convite em mãos.
Para alguns, é algo tão importante quanto o próprio casamento, já que através dele se tem a primeira impressão da festa e dados essenciais, como hora, local e traje a seguir.
Há também os informais, que dependendo da decoração da festa e estilo dos noivos, utilizam desenhos, caricaturas, fitas, forrações, tags com nomes dos convidados para então transmitir os dados da cerimônia.
Criaram inclusive, o “save the date” – reserve a data, em português – mais comum nos EUA. Trata-se de um pré-convite, enviado alguns meses antes da cerimônia, para evitar que os convidados marquem outros compromissos no mesmo dia. Além dessa função, é uma maneira criativa e divertida de começar a envolver as pessoas no evento. Pode ser criado/enviado virtualmente, entregue em mãos ou via correio. O que vale, é deixar a imaginação do casal correr solta e divertir-se!